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No Dia da Terra e no segundo aniversário do início da Grande Marcha do Retorno, uma coligação europeia de organizações, entre as quais o MPPM, lançou uma petição para que a União Europeia deixe de utilizar drones israelitas para controlar as suas fronteiras marítimas.

Os drones Hermes, fabricados pela Elbit Systems, a maior empresa militar israelita, foram desenvolvidos especificamente para serem usados pelas forças armadas israelitas para manter a Faixa de Gaza sob o cerco desumano a que está sujeita por Israel desde há mais de uma dezena de anos. Segundo a Human Rights Watch, esses drones foram realmente usados para deliberadamente atingir civis na Faixa de Gaza durante os massacres de 2008-2009. Os drones da Elbit Systems também foram usados para matar civis no Líbano na guerra de 2006 levada a cabo por Israel.

Numa altura em que Israel está a usar a pandemia como cortina de fumo para acelerar a anexação de facto na Cisjordânia e aumentar a repressão, e mantém o bloqueio a Gaza onde, com a escassez de recursos, qualquer resposta eficaz para 2 milhões de pessoas é impossível, a utilização pela UE dos «drones assassinos» israelitas representa um inadmissível apoio e incentivo à indústria de guerra israelita.

Precisamos de solidariedade, não de militarização e de «drones assassinos» israelitas!

Vamos exigir da UE que pare de usar os «drones assassinos» israelitas para as políticas anti-migratórias: esses drones militarizam o Mediterrâneo, podem matar, mas não podem salvar vidas!

Assine aqui a petição

Este é o texto da petição:

Para: Comissária da UE Adina Valean , Comissário da UE Virginijus Sinkevicius, Comissário da UE Yiva Johansson

Estimado/a,

Desde Novembro de 2018 a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA) tem alugado, através da companhia portuguesa CEiiA, dois drones Hermes 900, os chamados «drones assassinos» fabricados pela maior empresa militar israelita, a Elbit Systems. Ao abrigo do contrato de aluguer, por dois anos, no valor de 59 milhões de euros, os drones são usados principalmente para aplicar as políticas repressivas anti-imigração da UE. Peritos condenam a passagem para a vigilância aérea como uma revogação da responsabilidade de salvar vidas. Pior ainda, os «drones assassinos» da Elbit estão a dar apoio à Frontex e às autoridades nacionais na Grécia, onde os migrantes e refugiados têm sido alvejados no mar com fogo real.

A Elbit Systems desenvolve os seus drones juntamente com as forças armadas israelitas e promove a sua tecnologia como tendo sido testada no terreno – sobre os palestinos. A Elbit fornece 85% dos drones utilizados por Israel nos seus repetidos ataques militares e no continuado e desumano bloqueio a Gaza. Os drones Hermes mataram as quatro crianças que brincavam na praia durante o ataque de Israel a Gaza em 2014.

Estes drones podem matar, mas não podem salvar vidas.

Por isso, exijo que:

a EMSA deixe de usar estes drones e que a EMSA e o CEiiA não renovem o contrato de aluguer.

as nossas autoridades nacionais não requisitem o uso destes drones no seu espaço aéreo

a União Europeia use o dinheiro dos contribuintes para proteger os direitos humanos de todos e não para financiar a indústria militar de Israel e para a militarização das fronteiras e do mar.

Atentamente,

Assine aqui a petição

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