Assembleia Geral elege primeiros órgãos sociais do MPPM. José Saramago envia mensagem

José Saramago vai presidir à Assembleia Geral do MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – que realizou hoje a eleição dos seus corpos sociais para o biénio 2008-2009. Isabel Allegro Magalhães e Mário Ruivo co-presidem à Direcção Nacional que integra, ainda, como Vice-Presidentes, José Neves, Frei Bento Domingues e Carlos de Carvalho; Silas Cerqueira será o Coordenador da Comissão Executiva e Frederico Gama de Carvalho o Presidente do Conselho Fiscal.Este acto eleitoral inseriu-se num plano de reforço institucional do MPPM, tornado mandatório pela necessidade imperativa de criar condições mais favoráveis para dinamizar o apoio da opinião pública portuguesa à causa do Povo Palestino na defesa dos seus direitos fundamentais e da Paz no Médio Oriente.A Assembleia Geral Eleitoral do MPPM foi precedida de um Encontro de informação e esclarecimento sobre a Situação na Palestina e no Médio Oriente, presidido pelo Coronel Vítor Alves. Mário Ruivo, Frei Bento Domingues, Silas Cerqueira e Isabel Allegro Magalhães introduziram os temas do Encontro que incidiram sobre a actualidade na região, designadamente o bloqueio a Gaza e as contradições da comunidade internacional na condução do processo de Paz.O escritor José Saramago enviou uma mensagem, lida por Maria do Céu Guerra, em que sublinha que “Nada nem ninguém, nem sequer organizações internacionais que teriam essa obrigação, como é o caso da ONU, conseguiram, até hoje, travar as acções mais do que repressivas, criminosas, dos sucessivos governos de Israel e das suas forças armadas contra o povo palestino”. O Bispo D. Januário Torgal Ferreira enviou uma mensagem na qual exorta: “Expresso a todos a vontade que de todos é: nunca desmobilizar diante do pavor da opressão!”. Enviaram, igualmente, mensagens a euro-deputada Ilda Figueiredo e o jornalista Miguel Urbano Rodrigues.Os participantes do Encontro aprovaram por unanimidade uma Moção em que se apela, nomeadamente, ao fim do bloqueio a Gaza, ao desmantelamento “do Muro de um novo Apartheid” e à retirada israelita dos territórios ocupados, incluindo Jerusalém Oriental, e se defende “a adopção de sanções internacionais a Israel, com vista ao cumprimento das Resoluções da ONU e dos princípios do Direito”. Na moção apela-se, ainda, “aos órgãos de soberania nacionais para que Portugal assuma uma posição activa própria, e no plano multilateral no âmbito da ONU e da União Europeia, tendo em vista uma genuína estratégia em prol da Paz no Próximo Oriente.”

Sábado, 23 de Fevereiro de 2008 - 00:00