Apelo ao fim da ocupação e à paz no Médio Oriente

Declaração
Sobre a situação nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados por Israel há quarenta anos
Apelo
Ao fim da ocupação e à paz no Médio Oriente
 
Completam-se agora 40 anos desde a “guerra dos seis dias” levada a cabo por Israel contra o Egipto, a Síria e a Jordânia, entre 5 e 11 de Junho de 1967. Dela resultou, então, a ocupação do Sinai, restituído ao Egipto em 1982, e, até hoje, dos Montes sírios do Golan e dos territórios palestinianos da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental. Desde aí, o Estado de Israel – que já se tinha estabelecido em 1948 em 78% da Palestina, excedendo em um terço o Plano de Partilha da ONU - com a ocupação e colonização dos 22% restantes do território, tem-se recusado a reconhecer e tem impedido pela força o direito à existência do Estado palestiniano.
1
Os signatários, na diversidade das suas convicções e apreciações, mas com a preocupação comum de defender um futuro de liberdade e de Paz para a Palestina, e na continuidade da anterior declaração do MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente) “Pelo termo da violência e do desastre humanitário no Médio Oriente”, de Julho de 2006, vêm, agora, apelar à compreensão e sensibilidade solidárias dos portugueses para com o martirizado Povo Palestino, submetido à violência da ocupação estrangeira, opressão e exploração.
Em violação sistemática, e até hoje impune, do Direito Internacional e da Carta e das Resoluções da ONU, nestes quarenta anos de ocupação os palestinianos têm sofrido: a espoliação das melhores terras agrícolas (na Cisjordânia, com 2,3 milhões de habitantes, 250.000 colonos israelitas controlam 40% do território); as anexações na Jerusalém Oriental, árabe, e na Cisjordânia; a repressão e operações militares maciças (demolição de mais de 12.000 casas, destruição de um milhão de oliveiras, asfixiante controlo de quaisquer movimentos das populações, muitos milhares de mortos e de presos).
A ocupação ilegal, arbitrária e sem fim dos territórios palestinianos por Israel - de que são co-responsáveis grandes potências com recurso ao veto no Conselho de Segurança - desestabiliza permanentemente a situação no Médio Oriente; prejudica as relações de países ocidentais com os países árabes e islâmicos; impede a própria inserção médio-oriental de Israel, feito posto avançado da estratégia de grandes potências; propicia condições favoráveis aos “ciclos” dos terrorismos e contraterrorismos; e inquina quaisquer perspectivas de paz na região.
Na última quinzena de anos, as Conferências e “Processos de Paz” -  Madrid, Oslo, “Roteiro de Paz” do “Quarteto” (EUA, U.E., Rússia, ONU) - sobre a Palestina fracassaram inevitavelmente quando chegaram à questão decisiva da retirada israelita dos territórios ocupados e do estabelecimento de um Estado palestiniano independente e soberano nos mesmos territórios de 1967 —e que reconheça e respeite, na base da reciprocidade, o direito à existência de Israel.
As promessas feitas ao Povo Palestino, a troco de sucessivas concessões, e o processo de autonomia, acabaram sempre por redundar no inverso:
reocupação e aceleração da colonização israelita na Cisjordânia, culminando, desde 2003, com a construção do “Muro” de um novo apartheid (quase terminada apesar da sentença condenatória do Tribunal Internacional da Haia);
cerco terrestre, marítimo e aéreo por Israel - após se ter retirado unilateralmente - da Faixa de Gaza, transformada na “maior prisão do mundo” e onde 1 milhão e 500 mil habitantes estão ameaçados de fome;
crescentes anexações, quer em Jerusalém Oriental - capital árabe e Cidade Santa - onde foram instalados 200.000 colonos judeus, quer na Cisjordânia, com o “Muro” do apartheid;
recusa em negociar - ignorando a Resolução 194 (de 1948) da Assembleia Geral da ONU - o “direito ao regresso” dos refugiados palestinianos, dos quais mais de um milhão vivem em campos miseráveis na região;
rejeição pela “comunidade internacional” - que insistira com a Autoridade Palestiniana para a realização de eleições legislativas - dos resultados democráticos dessas mesmas eleições (de resto antecipados por idênticos resultados das eleições autárquicas), visto darem a vitória ao Movimento islâmico Hamas.
Finalmente, em vez da Paz anunciada, assiste-se ao desenvolvimento de outros - e cada vez maiores e mais perigosos - conflitos: a recente guerra de Israel contra o Líbano, posta em causa, depois de terminada, pela sua opinião pública; as duas grandes guerras em curso na região, com origem em intervenções e ocupações estrangeiras; e o irresponsável recurso à ameaça de novas guerras, evocando, inclusive, a eventualidade da utilização da arma nuclear (?!), alegadamente para impor “mudanças de regime” e “remodelar democraticamente” o Médio Oriente. Neste contexto, outra guerra não declarada, quase ignorada, dita de “baixa intensidade”, é desenvolvida por Israel há sete anos - com incursões e reocupações, tanques e artilharia, ataques aéreos, operações militares e de polícia, demolições e execuções – continuando a vitimar diariamente e directamente os palestinianos, nos territórios ocupados.
2
Os signatários reclamam o fim da guerra de terror anti-palestiniana que Israel continua a conduzir desde a segunda Intifada, ou revolta popular, iniciada em Setembro de 2000 (que Sharon suscitou com uma deliberada provocação, na expectativa de vir a desmantelar militarmente a Autoridade Palestiniana). Os signatários manifestam-se, ainda, em conformidade com os princípios do MPPM - opostos a todas as formas de terrorismo, seja ele de Estado ou qualquer outro - contra as acções terroristas que atingiram vítimas civis em Israel, e pela cessação do lançamento de mísseis artesanais a partir de Gaza (apesar do desacordo da Autoridade Palestiniana e Primeiro Ministro) sobre território israelita vizinho, de par com idêntica cessação das operações repressivas, dos ataques aéreos e tiros de canhão por parte de Israel.
Até Janeiro do presente ano perderam-se, nesta guerra não declarada, mais de 5.000 vidas nos territórios ocupados e um milhar de vidas em Israel. Foram feridos mais de 49.000 palestinianos e estão encarcerados mais de 10.000. As Forças Armadas de Israel destruíram e inutilizaram sistematicamente as infra-estruturas, equipamentos e instalações (até financiadas pela União Europeia) da vida civil e economia das cidades e campos da Cisjordânia e Gaza. O nível de vida dos palestinianos continua em queda, a taxa de pobreza nos territórios atinge os 70%.
Está-se perante uma situação que ultrapassa, em muito, o “combate ao terrorismo” (quando desde há cerca de dois anos deixaram praticamente de verificar-se acções armadas e atentados suicidas no interior de Israel). Trata-se de uma estratégia de terror que visa o próprio Povo da Palestina - cuja digna e inquebrantável resistência força o respeito e admiração - com a perigosa pretensão de o fazer quebrar.
O sentido e o objectivo desta estratégia - a partir da viragem imposta por Sharon, com o beneplácito da Administração Bush, e continuada por Olmert — é o de provocar, pelo terror e a fome, a saída dos territórios palestinianos, e a dispersão, de uma fracção importante do seu povo. Isto, de modo a conseguir então impor aí um “Estado” palestiniano falhado à partida, sem soberania e assente em alguns enclaves isolados (rodeados de colonatos israelitas) da Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
A tragédia humana e sócio-política que assim se desenrola, dia a dia, na Palestina, e que as opiniões públicas ocidentais conhecem mal, pode terminar num desastre humanitário de incalculáveis proporções e altamente desestabilizador na região. Está ameaçada a sobrevivência dos palestinianos enquanto Povo.
3
Não devemos permanecer indiferentes. A tragédia palestiniana interpela cada um de nós, e todos os portugueses, na nossa humanidade, nos nossos princípios de solidariedade, justiça, democracia e Paz. Alertamos a opinião pública nacional para o facto de que – com a intensificação da política presentemente seguida pelos actuais dirigentes de Israel e certos dos seus poderosos parceiros internacionais – se acentua, de há um ano a esta parte, uma perigosa viragem na questão da Palestina, viragem que acelerando-se e imbricada noutros conflitos ameaça precipitar uma nova catástrofe, ou Nakba, como a do êxodo em massa dos palestinianos em 1948.
Com efeito, desde a formação de um governo da Autoridade Palestiniana em Março de 2006 pelo Movimento islâmico Hamas, vitorioso em eleições legislativas plenamente democráticas, Israel e os EUA (que tinham antecipando essa vitória) aproveitaram para impor um embargo total ao novo governo, infligindo assim uma punição colectiva ao Povo Palestino e tentando dividi-lo, no que foram seguidos pela União Europeia. Ao fim de um ano, e perante a ameaça de bancarrota com colapso da economia e desagregação social, os Partidos políticos palestinianos, nomeadamente o grande partido nacionalista Fatah, e o partido eleitoralmente maioritário Hamas, após anteriores tentativas frustradas, acabaram por acordar – graças à mediação da Arábia Saudita, em Meca, em Fevereiro passado – em formar pela primeira vez um Governo de Unidade Nacional.
Este Governo, de difícil e frágil formação, tem um programa moderado cuja plataforma de relações externas é a das Cimeiras Árabes - de Beirute em 2002 à Cimeira de Riade de Março último - garantindo o pleno reconhecimento de Israel desde que se retire dos territórios árabes ocupados em 1967. No entanto, isso não impede que poderosos interesses exteriores à Palestina ocupada continuem a querer aí dirimir outros conflitos e a procurar exacerbar, acentuando as enormes dificuldades da situação, desinteligências inter-palestinianas que nestes dias têm chegado a choques mortíferos entre milícias - armadas a partir de fora.
A este respeito os signatários, reiterando a sua disponibilidade para prosseguirem no apoio sem ingerências às justas aspirações do Povo da Palestina - e não, especificamente, a qualquer dos Partidos em presença - querem tornar claro que não só lamentam, mas reprovam inequivocamente, as divisões e o recurso às armas entre destacamentos palestinianos. É uma via que o Povo Palestino condena e rejeita e que só tem agravado os seus sofrimentos, e está a ser utilizada por terceiros para secundarizar o problema fundamental na raiz de todos os outros – isto é, a ocupação ilegal desde há quarenta anos e as continuadas agressões por Israel. Agressões agora mesmo multiplicadas com incursões, com a prisão de dezenas de responsáveis palestinianos incluindo deputados ou membros do Governo e ameaças de morte contra o Primeiro-Ministro, e com bombardeamentos de artilharia e mortíferos ataques aéreos em particular em Gaza. Isto, apesar de o Governo de Unidade Nacional da Palestina continuar a insistir na proposta de uma trégua.
Por isso, quando os actuais dirigentes de Israel e a Administração Bush dos EUA, e também até aqui a União Europeia - pretextando da ideologia do Hamas, que não se reflecte no programa do presente Governo de Unidade - mantêm o embargo total (já aplicado ao  anterior Governo só do Hamas) ao novo Governo de Unidade Nacional, devem assumir a responsabilidade de um futuro colapso da Autoridade Palestiniana, e do risco de caos na sociedade – uma vez que o Povo Palestino não se submete nem se submeterá.
4
Raramente, ou nunca como hoje, foi tão difícil e perigosa a situação para os direitos inalienáveis e a própria sobrevivência deste povo heróico e mártir, pelo que os signatários, convidando a subscrever o presente documento todos quantos partilham idênticas preocupações com a causa da Justiça e da Paz na Palestina e no Médio Oriente, apelam:
● À opinião pública nacional, às mais diversas associações e entidades cívicas e religiosas, aos partidos, sindicatos e forças democráticas em geral, à Assembleia da República e aos órgãos do Poder autárquico, para que, no presente momento, associando-se às Nações Unidas e a muitas centenas de outras instituições, associações, movimentos e organizações não-governamentais (ONGs) em todo o mundo, saibam nesta data dizer não à continuação dos 40 anos de ocupação estrangeira ilegal e desumana dos territórios palestinianos e promover as mais diversas tomadas de posição e iniciativas de solidariedade moral, política, material com a justa luta de libertação do povo da Palestina – e consequentemente por uma Paz justa no Médio Oriente e a coexistência, em conformidade com as Resoluções da ONU, entre dois Estados independentes, Israel e Palestina;
Ao Governo português para que, ao assumir em breve a Presidência da União Europeia, consiga com audácia e inspirando-se no artigo 7.º da Constituição da República, levar a U.E. a ter uma posição própria e diferenciada em questão de tão grande importância para a europa e para a paz mundial, de modo a reconhecer plenamente e tratar com o legítimo governo de unidade nacional palestiniano (como já estão a fazer os Governos dos países nórdicos e da Suíça), assim como a trabalhar por uma solução política global e segura assente no respeito pelas resoluções da ONU e pelos direitos inalienáveis do Povo Palestino.
Lisboa, 4 de Junho de 2007
Signatários (por ordem alfabética):
Adalberto Alves, escritor, advogado
Adília Velez Fernandes, reformada
Adilva Silva Lopes, auxiliar
Albano Nunes, dirigente político (PCP) 
Alfredo Caldeira, jurista
Alfredo Faria Carvalheira, técnico de contas
Almira Maria Machado Santos, socióloga, dirigente do STAL
Álvaro Lobato Faria, director do MAC (Movimento Arte Contemporânea)
Amândio Rodrigues, engenheiro mecânico naval (MM) 
Amílcar Sousa Almeida, notário
Ana Barroso Alves, advogada
Anabela Berto da Silva, professora
Anabela Maria Carlos, funcionária pública
Anabela V., socióloga do trabalho 
Ana Paula Fitas, investigadora em ciências sociais
Ana Sofia Afonso Cortes, economista 
Anatólio Nobre, reformado
André Levy, biólogo
Angelina Ramos, administrativa
Aníbal Pedra, bancário reformado, professor
Anita Vilar, médica psiquiatra
António Alves, gráfico
António Borba, actor
António Brandão Moniz, professor
António Cruz, desenhador projectista 
António Dinis Delgado Fonseca, oficial do exército reformado
António Gonçalves Correia, escriturário, presidente da junta de freguesia de Sines
António Manuel Gonçalves, comerciante
António Mattoso Cruz
António Modesto Navarro, escritor
António Valentim Marques, bancário
Arménio Carlos, electricista 
Artur Garcia, administrativo 
Augusto Lourido, professor 
Beatriz Karam, tradutora
Beatriz Reis
Benjamim Monteiro, empresário
Delfim N
Frei Bento Domingues, frade da Ordem dos Dominicanos
Bernardino Jacinto Silva, reformado
Camila Frazão Nazaré, funcionária da Segurança Social     
Carla Freitas, escriturária
Carlos Almeida, investigador
Carlos António Furtado dos Santos, adido
Carlos Araújo Sequeira, advogado
Carlos Candal, advogado
Carlos Carvalho, dirigente sindical
Carlos Cunha, reformado
Carlos Duarte Lopes Pedroso, professor
Carlos José Ribeiro de Sousa Pimentel, engenheiro 
Carlos Nascimento Santos, advogado 
Carlos Silva, Gestor
Carlos Sottomayor, médico pneumologista 
Carmen Francisco, vereadora da Câmara da Câmara Municipal de Sines
Cecília Ramos, administrativa
Célia Maria Pinto, empregada do comércio 
Cláudio Neves, técnico de radiologia
Cláudio Nunes Madeira, Escriturário 
Cecília, administrativa
Clélia G. Freire de Andrade
Concha Lourenzo, professora
Cristina Maria Nunes, estudante
Cristina Medina, administrativa
Cristina Santa Bárbara, secretária
Delmar Francisco M. B. Gonçalves, professor/escritor
Eduardo Fonseca, bancário
Elsa Rodrigues dos Santos, professora universitária
Emygdio Landerset Cadima , matemático
Ermelinda Pires Valadas, doméstica
Estrela Maria Gertrudes Peniche, reformada
Eugénia Amador, funcionária pública
Fábio Miguel Nogueira Faúlha, estudante
Fernando Alves Correia, bancário
Fernando Manuel Frazão, reformado
Fernando Maurício, tradutor, intérprete
Fernanda Nunes Oliveira Gaspar, advogada. presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros
Fernando Conceição Pereira, engenheiro técnico  
Fernando M. Cardeira, engenheiro
Filipa da Silveira Cunha Gonçalves, estudante
Francisco António, administrativo
Francisco António Faúlha, motorista
Francisco Fanhais, músico
Francisco Valadas , técnico desenhador
Gabriela Silva, administrativa
Glória de Jesus, Funcionária Pública, dirigente do MDM 
Graciete Monteiro Fernandes, comerciante
Helena Maria Moreira Santos Pinto Marques, escriturária
Herberto Goulart, economista
Humberto Luís Ramos, economista
Inês Barroso Alves, gestora
Inês Neves Metelo, bióloga
Isabel Allegro Magalhães, professora universitária
Isabel Caldas, administrativa
Isabel Maria Robert Camarinha, empregada de escritório
Isaura Paula de Castro Mendes, aposentada do Ministério do Exército
Isidro Mendes Nunes, engenheiro
Jacinta Maria Peniche Ricardo, gestora
D. Januário Torgal Ferreira, bispo 
Joana Marques de Almeida
João Fernando Marar, professor universitário
João Ferro, jornalista
João J. Marques de Almeida
João de Jesus, chefe de recepção de hotelaria
João Lavinha, investigador
João Paulo Coelho Pereira, estudante
João Rafael Marques Santo, arquitecto
João dos Santos, reformado
João Vasco Maia Terra Fagundes, estudante 
Joaquim Pereira Pires, empresário de turismo
Joaquim Jorge Pereira Ramos
Joaquina Silvério, engenheira
Jorge Antunes, gráfico
Jorge Cadima, professor universitário
Jorge Ferreira Tão, sociólogo
Jorge Figueiredo, web-master do sítio «resistir.info»
Jorge Golias, engenheiro
Jorge Manuel Alves, professor
Jorge Pina, gestor de clientes
Jorge Santos Oliveira, bancário
José António Mendes, estudante
José Augusto Condesso Garcia, serralheiro civil
José Colaço Barreiros, tradutor, prof. universitário
José Emílio Pires, reformado
José Ferreira Tão, sociólogo
José Manuel Carinha, gestor
José Manuel Alves, professor
José Manuel Matias, professor
José Maria de Jesus, motorista
José Metelo, engenheiro
José Neves, funcionário público reformado, ex-assessor da Assembleia da República
José Oliveira, editor
José Ruivo Maia, médico psiquiatra
José Saramago, escritor, Prémio Nobel da Literatura
Judite David, programadora
Julieta F. A. Marques de Almeida
Júlio de Magalhães, Investigador em assuntos árabes e islâmicos
Laura Arminda de Carvalho, professora universitária reformada
Laura Lopes, advogada, professora
Lélio da Silva Fidalgo, engenheiro
Lia Viegas, advogada
Lúcia de Sousa Gomes, advogada
Luís Almeida, agente de turismo
Luísa Irene Dias Amado, professora
Luísa Maria Vasques Santos Simões, seguros
Manuel António Pinto Baptista, engenheiro mecânico
Manuel Augusto Machado, ferroviário reformado
Manuel Coelho Carvalho, médico, presidente da Câmara Municipal de Sines
Manuel Nunes Marques, recepcionista
Manuel Pereira Neves, empregado do comércio
Manuel Quintela Graça Baptista, engenheiro
Manuela Pires, jurista 
Manuel Rodrigues dos Santos, coronel reformado
Manuela Silva, professora universitária, presidente da Comissão de Justiça e Paz
Manuel da Silva, mecânico
Margarida Ceia Hasse Ferreira, bióloga
Maria Pereira, aposentada
Maria da Conceição Galante Vinagre, administrativa 
Maria Elisa Marques, professora aposentada
Marília G. Ferreirinha, empregada de escritório
Maria Helena Cunha Rato, Economista e investigadora 
Mário Rui Ferreira, reformado
Margarida Macedo Faria, professora
Margarida O. V. Carvalho Rodrigues, professora
Maria Ângela Silva, comerciante
Maria Antónia Pinto
Maria de Belém Roseira, jurista, deputada
Maria Emília Caetano, secretária
Maria Emília Campinas Cadima, reformada 
Maria Fernanda Gaspar, funcionária Pública
Maria Filomena Santos, aposentada dos CTT
Maria Francelina Gonçalves Fonseca, funcionária pública
M. Gabriela O. Vitorino Lavinha, investigadora científica
Maria Gabriela Segurado Mendes Paula, reformada
Maria Guilhermina Alves Leal Gomes, médica
Maria Júlia Silva Cabral Fidalgo, professora
Maria Júlia Teles Meneses Nogueira Faúlha, doméstica
Maria Leonor  Graça Baptista, doméstica
Maria Luísa Albuquerque, bancária
Maria Luísa Portugal, informática
Maria Manuela Marques Gonçalves Carinhas, professora
Maria Natália Mendes, funcionária da TAP
Maria Natália Teixeira de Matos Vicente, reformada
Maria dos Ramos Soares, professora
Maria Teresa de Châtillon Rodrigues, analista Química
Maria Teresa Castro Guerra, professora
Maria Teresa Palmela, comerciante
Mariana Páscoa Rosa, professora
Mário Moutinho de Pádua, médico patologista clínico
Mário Passarinho, vendedor
Mário Tomé, militar reformado, ex-deputado.
Marisa Santos, Jurista, vereadora da Câmara Municipal de Sines
Mário do Carmo Santos, cantoneiro
Mário Ruivo, professor universitário
Matos Gago, ex-presidente da Câmara Municipal de Grândola
Miguel Urbano Rodrigues, jornalista, escritor
Miriam Nascimento
Morais e Castro, actor, encenador, advogado
Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURP)
Natércia Lopes Pedroso, empregada de escritório
Naida Rebelo, adjunta do grupo parlamentar do PS
Nuno Lídio Pinto Rodrigues Grande, médico, professor jubilado
Óscar Lopes Pereira, reformado
Patrícia Alexandra dos Santos Simões Alves, designer gráfica
Paula Farinha, escriturária
Paula Pereira, administrativa
Pedro Alves, funcionário Público
Pedro Duarte Zambujo, reformado
Pedro Matos, empregado de escritório
Pedro Miguel Couto Pereira, professor
Pedro Miguel dos Santos Tavares, jurista
Pedro de Pezarat Correia, general, professor universitário
Regina Marques, professora, dirigente do MDM
Rosa Maria H. Calado, professora
Rui Vieira Nery, Musicólogo, professor universitário
Rui Manuel Caetano Figueiredo, engenheiro mecânico
Salvina Gonçalves de Sousa, advogada
Sandra Benfica, CPPC
Sara Canavezes Silva, técnico superior
Sérgio Adelino dos Santos Silva, funcionário público
Silas Cerqueira, Investigador, professor universitário
Sílvia Gonçalves Freire de Andrade
Susana Natacha da Silva Carinhas, bibliotecária
Tágide Matos Zacarias de Jesus, modista
Teresa Cristina dos Santos Pereira Tavares, estudante
Teresa Mónica, administrativa
Teresa Mónica Silva, tradutora
Teresa Salema, escritor
Teresa Rodrigues, professora
Vasco Pinto Leite, engenheiro
Valdemar Santo, funcionário do PCP
Vítor Manuel Almeida
Virgínia Verde Fernandes Faó, administrativa
Virgolino Rodrigo, empregado de comércio
Vítor Manuel Lima Martins, técnico de manutenção
Vítor Manuel Pereira Simões, reformado
Vítor Manuel Garcia, TPPC
Vítor Manuel dos Santos Marques, reformado
Vítor Martins, agricultor
Vítor Pinto, engenheiro
Walter A. Silva, etnólogo
Zulmira Castro Neves, advogada
 
Print Friendly, PDF & Email
Share