17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, assinalado na Cisjordânia e em Gaza

Milhares de palestinos desceram hoje à rua em diversos locais da Cisjordânia e na Faixa de Gaza, marcando o Dia dos Presos Palestinos, que se assinala anualmente a 17 de Abril.
Em Ramala, centenas de pessoas, incluindo famílias de presos, desfilaram em direcção ao posto de controlo militar (checkpoint) israelita a norte da cidade, onde soldados das forças de ocupação dispararam balas de borracha, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes contra os manifestantes.
Protestos e manifestações similares ocorreram nas cidades de Nablus, Jenin, Belém, Hebron, Tulkarem e Qalqilya, na Cisjordânia, e também na Cidade de Gaza, onde os participantes se reuniram em frente ao escritório da Cruz Vermelha exigindo a intervenção da agência humanitária internacional para garantir que os seus filhos e filhas presos nas cadeias israelitas são tratados de acordo com o direito internacional. Os manifestantes empunhavam fotos de seus filhos e filhas presos, reclamando a sua libertação.
Num comunicado que assinala o Dia dos Presos Palestinos, a Sociedade dos Presos Palestinos (PPS) informou que desde o início do ano Israel deteve 1928 palestinos, incluindo 369 menores e 36 mulheres.
Segundo a PPS, estão actualmente encarcerados em prisões israelitas — por resistirem à ocupação brutal que dura há mais de 50 anos e por exigirem liberdade e independência para o povo palestino no seu próprio Estado — 6500 palestinos, incluindo 350 menores, 6 deputados e 62 mulheres. Este número inclui ainda 500 presos sob o regime particularmente odioso da detenção administrativa (sem julgamento nem culpa formada, por períodos de até seis meses indefinidamente renováveis).
No conjunto dos presos, 48 passaram mais de 20 anos consecutivos na prisão, 25 passaram mais de 25 anos e 12 passaram mais de 30 anos.
Os palestinos presos há mais tempo são Kareem Younis e Maher Younis, que estão detidos há 35 anos, e Nael Barghouti, que passou 34 anos em prisões israelitas e foi libertado durante um dos acordos de troca de prisioneiros, mas que voltou a ser para preso prosseguir a sua anterior pena de prisão perpétua e e ainda 18 anos adicionais.

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