O MPPM assinalou o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, nesta terça-feira, 29 de Novembro, com um sessão pública na Casa do Alentejo, em Lisboa, que contou com a presença de uma centena de pessoas.
Antes de iniciar a sessão, Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, que moderou por impedimento, por motivos de saúde, da presidente Maria do Céu Guerra, propôs que se observasse um minuto de silêncio em memória dos cinco palestinos que neste dia foram assassinados pelas forças de ocupação israelitas.
Deu-se então início a uma singela homenagem a José Saramago, militante da causa do povo palestino e fundador do MPPM, na ocasião do centésimo aniversário do seu nascimento.
Impossibilitada de estar presente, Pilar Del Rio, viúva de Saramago, enviou da Feira do Livro de Guadalajara, no México, onde se encontra, uma mensagem gravada simbolicamente no stand das Nações Unidas: «Este é o melhor sítio porque não encontrei um stand da Palestina; se não, falaria daí».
No âmbito das Jornadas de Solidariedade com a Palestina 2022, o MPPM acolheu o convite da Real República Ay-Ó-Linda para animar um debate sobre a Questão Palestina.
A sessão, que teve lugar na quarta-feira 23 de Novembro, foi moderada por Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, e contou com a participação activa de “repúblicos” da Ay-Ó-Linda e de outros estudantes.
Abordou-se as raízes históricas da Questão Palestina e o quotidiano de ocupação e segregação a que o povo palestino está sujeito.
Seguiu-se um debate vivo e participado e ficaram abertas perspectivas para iniciativas futuras em Coimbra.
Respondendo a um apelo de vinte organizações, com o MPPM, o CPPC e a CGTP-IN como primeiros promotores, centenas de pessoas reuniram-se na Praça Luís de Camões, em Lisboa, para assinalar o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
Agitando bandeiras da Palestina ou empunhando cartazes reclamando o Fim do Muro do Apartheid, o Fim da Ocupação, Liberdade para os Presos Palestinos ou o Direito ao Retorno dos Refugiados, os manifestantes gritavam a sua certeza de que a Palestina Vencerá!
Não faltou uma componente internacional, com cartazes como “Where Are You, EU?”, “It Is Not About Being Anti-Semitic, It Is About Being Pro-Human Rights” ou “Free Palestine, End Apartheid”.
Registaram-se intervenções de Eduardo Lima, pelo CPPC, João Coelho, pela CGTP-IN, e Carlos Almeida, pelo MPPM.
Este é o texto da intervenção de Carlos Almeida:
Caras amigas
Caros amigos,
Em 1977, a Assembleia Geral das Nações Unidas fixou o dia 29 de Novembro como Dia Internacional de Solidariedade com o Povo...
Numa iniciativa conjunta do CPPC, CGTP-IN e MPPM, a que aderiram outras organizações, muitas dezenas de pessoas concentraram-se na Praça da Palestina, no Porto, para assinalar o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
Foram ouvidas comunicações de Maria Spínola, Cristina Nogueira (CGTP-IN), José António Gomes (MPPM) e Ilda Figueiredo (CPPC).
As intervenções sublinharam a urgência de dizer não à agressão, à ocupação e à humilhação por parte de Israel que continua a desrespeitar o direito Internacional e os direitos do Povo Palestino, e exigiram ao Governo português e a todos os governos, que cumpram o que proclamam e prometem, pondo fim à conivência.
Considerou-se que o governo português tem a obrigação de reconhecer o Estado da Palestina e condenar os crimes de Israel, com a certeza de que a Palestina Vencerá!
Este ano, devido à situação de pandemia, o MPPM não pôde organizar as habituais iniciativas em torno do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino que sempre incluem uma Sessão Pública de Solidariedade. Não podendo deixar de reiterar, nesta data, a nossa solidariedade com o povo palestino, aqui a deixamos dita pelo Vice-Presidente do MPPM, Carlos Almeida.
Por iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas assinala-se, a 29 de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Foi nesse dia que, em 1947, as Nações Unidas aprovaram o Plano de Partilha do território histórico da Palestina.
O Estado judaico de Israel foi criado logo no ano seguinte. Mas, 73 anos volvidos, o povo palestino aguarda ainda o cumprimento da promessa então feita pela ONU de criar também um Estado árabe na Palestina.
Trata-se duma terrível dívida histórica, duma autêntica traição da chamada ‘comunidade internacional’ ao povo da Palestina.
Este ano, devido à situação de pandemia, o MPPM não pôde organizar as habituais iniciativas em torno do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, que sempre incluem uma Sessão Pública de Solidariedade com a presença do Sr. Embaixador da Palestina. Face a esse impedimento, o MPPM convidou o Sr. Embaixador, Dr. Nabil Abuznaid, a dirigir uma mensagem aos amigos portugueses da Palestina. É essa mensagem que aqui divulgamos.
Irmãos e irmãs, Saudações!
Infelizmente, devido ao Covid-19, não podemos estar juntos este ano nesta ocasião especial de solidariedade com o Povo Palestino.
Desejo-vos a todos, à vossa família, aos vossos amigos e a todo o povo de Portugal, boa saúde, sucesso e segurança.
Permitam-me a oportunidade de agradecer a cada um de vós pela vossa posição e pelo apoio ao Povo Palestino na sua luta pela liberdade.
Obrigado por estarem do lado da paz e da justiça, contra a opressão e a ocupação.
Sabem que os últimos quatro anos não foram bons para os vossos amigos...
A ocupação militar da Cisjordânia encaminha-se para o meio século de duração. As povoações Palestinas estão circundadas/cercadas por ilegais colonatos Israelitas que estrangulam a vida e qualquer miragem de desenvolvimento económico dos Palestinos.
Uma destas povoações é Nabi Saleh ao norte de Ramala. Esta curiosa povoação, onde todos os seus habitantes são parte da mesma família, os Tamimi, sobrevive na sombra do colonato de Halamish, construído ilegalmente em 1973 em terras pertencentes à aldeia. Desde então, a política de expropriação de terras pelos colonos Israelitas não tem cessado. O ímpeto colonizador alargou-se inclusive à nascente de água da aldeia, apropriando a mesma para uso exclusivo do colonato.
Tal agravou ainda mais as carências da população local. Após décadas de expropriação dos terrenos agrícolas da aldeia, devastando a principal fonte de rendimento de Nabi Saleh, a usurpação da nascente constitui um severo golpe para a sobrevivência da aldeia. O roubo...
Em cooperação com o MPPM, a Universidade Popular do Porto (UPP) promoveu, em 28 de Novembro, uma sessão de apoio ao povo palestino, associando-se deste modo à celebração do dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
Após uma intervenção inicial de José António Gomes, professor do ensino superior e membro da direção do MPPM, o debate — em que participaram mais de duas dezenas de pessoas, incluindo também testemunhos vivenciais da jovem palestina Nur Rabah Latif, que estuda no Porto — centrou-se em aspectos históricos e de actualidade e na necessidade de promover o esclarecimento e uma acção solidária sem esmorecimento com a luta do povo palestino.
A UPP esteve representada pelo Presidente da Direcção, Sérgio Vinagre.
Na mesma ocasião, despertou o interesse dos presentes a inauguração da exposição «Esta Bandeira da Esperança», patente ao público nas instalações da UPP até ao fim do mês de Dezembro. A exposição é acompanhada da divulgação da brochura «O...
Por iniciativa do MPPM, com a cooperação da Casa do Alentejo que, uma vez mais, cedeu as suas instalações, assinalou-se ontem o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino numa sessão em que intervieram o Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM, Solange Pereira, Presidente Nacional da Juventude Operária Católica, e José Goulão, jornalista especializado em política do Médio Oriente.
Solange Pereira centrou a sua intervenção na problemática dos migrantes e refugiados, vítimas de guerras, agressões e exploração económica, refutando os preconceitos de que frequentemente são objecto nos países de acolhimento. Apelou à solidariedade com estas populações, referindo que a própria igreja católica tem um exemplo a dar. Numa nota complementar, Carlos Almeida referiu que, ainda hoje, os palestinos constituem a maior e mais antiga comunidade de refugiados do mundo.
José Goulão enfatizou a forma como os Estados Unidos e Israel fazem tábua-rasa dos...
Integrado nas Jornadas de Solidariedade com a Palestina 2019 o MPPM promoveu o tradicional Jantar Palestino que reuniu no Grupo Sportivo Adicense uma centena de pessoas e contou com a presença do Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, e da Presidente do MPPM, Maria do Céu Guerra.
Os pratos típicos palestinos foram preparados e servidos por «Make Food not War».
Num momento cultural, ouvimos canções palestinas interpretadas por Hanneen Abualsoud e um poema de Mahmoud Darwich dito por Maria do Céu Guerra.
Em breves apontamentos o Embaixador da Palestina e Raul Ramires (MPPM) destacaram a importância da cultura e da solidariedade internacional no apoio à luta do povo palestino.