Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Vinte e dois deputados da Assembleia da República, dos grupos parlamentares do PS, do PCP e do BE, tornaram público um apelo «ao estabelecimento de um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel.»


Por um cessar-fogo imediato, duradouro e sustentado levando à cessação da atual escalada de violência

A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou, no dia 27 de outubro, uma Resolução sobre a proteção dos civis e o cumprimento das obrigações legais e humanitárias face à grave deterioração da situação na Faixa de Gaza e nos restantes territórios palestinianos ocupados, incluindo Jerusalém Leste, e em Israel.

Ao assinalarem-se 75 anos sobre a adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos e sobre a aprovação da Resolução que reconhece o direito ao retorno dos refugiados palestinos, o MPPM apela ao respeito pelos direitos humanos e nacionais do povo palestino e condena os Estados que, por cumplicidade criminosa ou inércia ominosa, permitem que Israel continue impunemente a violar os direitos daqueles, a começar pelo mais sagrado – o direito à vida.

Em 11 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Resolução 194 (III), a qual determina que «os refugiados [palestinos] que desejem regressar aos seus lares e viver em paz com os seus vizinhos devem ser autorizados a fazê-lo o mais cedo possível e que deve ser paga uma indemnização pelos bens daqueles que optem por não regressar e pela perda ou dano de bens que, de acordo com os princípios do direito internacional ou da equidade, devem ser reparados pelos governos ou autoridades responsáveis».

Promovido pelo CPPC e pelo MPPM realizou-se, neste sábado, 9 de Dezembro, em Viseu, um debate inserido no ciclo de iniciativas «Paz no Médio Oriente, Palestina Independente!».

Dezenas de pessoas encheram o espaço Carmo ’81 e seguiram com vivo interesse o debate animado por Helena Pereira, do CPPC, e Carlos Almeida, do MPPM.

Vivemos, no Ocidente, na sociedade da cegueira, uma sociedade em que o cidadão é bombardeado incessantemente com desinformação, em que pouco do que parece é, em que a verdade tem dificuldade em vir à superfície.

Uma sociedade em que os factos são teatralizados, interpretados, muitas vezes fabricados para destruir um adversário. Uma sociedade em que se provoca o adversário até o limite para depois o culpar de reagir. Uma sociedade em que um manto negro de propaganda, notícias falsas e o uso incessante das técnicas de desinformação, e dos estratagemas de Schopenhauer descritos no seu famoso livro A Arte de ter Sempre Razão, cria um fumo tão espesso que não nos deixa ver o que está em frente dos nossos olhos.

Até às 15 horas de 7 de Dezembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou em GAZA 17 487 pessoas mortas (70% mulheres e crianças), 46 480 pessoas feridas, número indeterminado de pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros e 1,9 milhões de pessoas deslocadas (85% da população).

No que respeita ao funcionamento e acesso a cuidados de saúde, só 39% dos hospitais estão a funcionar (14 em 36) e 8% estão com capacidade extremamente limitada (3 em 36). Estão a funcionar 2 Hospitais de Campanha (Jordânia e Emirados Árabes Unidos). 29% dos centros de cuidados primários de saúde (21 em 72) estão a funcionar.

Respondendo a um apelo lançado pelo CPPC, pela CGTP-IN, pelo MPPM e pelo Projecto Ruído, Lisboa voltou a assistir a uma grande manifestação em que milhares de pessoas, na sexta-feira 8 de Dezembro, entre o Martim Moniz e o Largo José Saramago, exigiram o fim da agressão genocida contra Gaza, um cessar-fogo imediato e permanente e o respeito pelos direitos nacionais e humanos do povo palestino.

A Câmara Municipal do Seixal, em colaboração com o MPPM e o CPPC, organizou nesta quinta-feira, 30 de Novembro, o Colóquio «75 anos de NAKBA: A Catástrofe na Palestina» que contou com a presença da Embaixadora de Angola, de um representante de Embaixada da Venezuela, de membros da Embaixada da Palestina, de representantes do poder local e de público em geral.

A abrir a sessão, intervieram Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, e Nabil Abuznaid, Embaixador da Palestina em Portugal.

Helena Palacino moderou o painel «Os 75 anos da Nakba e Uma Nova Catástrofe: A Palestina no Centro do Mundo» que abriu com a comunicação de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM, que esboçou o contexto histórico em que se tem desenrolado a questão palestina, desde a Declaração Balfour até aos nossos dias.

Respondendo ao apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional, do Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente e do Projecto Ruído - Associação Juvenil, centenas de pessoas concentraram-se na Praceta da Palestina no domingo, 26 de Novembro, e desfilaram até à Praça D. João I acompanhadas pelos bombos da Associação dos Mareantes do Rio Douro.

Com apresentação da jovem Joana Machado, os manifestantes ouviram as intervenções de Maria João Antunes, pelo MPPM, e de Ilda Figueiredo, pelo CPPC, e ainda ouviram poesia dita por Francisco Aguiar, Olga Dias e Pedro Marques.

Até às 17 horas de 23 de Novembro de 2023, a Organização Mundial de Saúde registou em Gaza 14 854 pessoas mortas (32% homens, 27% sexo feminino, 41% crianças), 36 000 pessoas feridas, 2700 pessoas desaparecidas ou soterradas nos escombros, das quais 1500 crianças, e 1,7 milhões de pessoas deslocadas.

No que respeita ao funcionamento e acesso a cuidados de saúde, 72% dos hospitais (26 em 36) não funcionam e 6% (2 em 36) estão com capacidade extremamente limitada. 65% dos centros de cuidados primários de saúde (47 em 72) não funcionam. 97% do pessoal de saúde no Norte de Gaza não estão funcionais.

A população da baixa de Coimbra testemunhou e vários orgãos de comunicação social registaram como centenas de pessoas se manifestaram ao fim da tarde de terça-feira, 21 de Novembro, na baixa de Coimbra, com a sua solidariedade para com o povo da Palestina.

Devido a boa adesão, esta iniciativa, que estava prevista como cordão humano, transformou-se em desfile/manifestação pela baixa de Coimbra, desde a Praça da Portagem, passando pelas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, até à Praça 8 de Maio, em frente à Câmara Municipal.

Entre outras consignas os manifestantes apelaram ao cessar fogo imediato. Evidenciaram também a urgência da criação do estado da Palestina para a viabilização de uma paz duradoura paz no Médio Oriente. No final, alguns artistas ( Rui Damasceno, Ana Biscaia, Eurídice Rocha) leram poemas  referentes a autores palestinos ou mesmo belos poemas solidários com a palestina do autor português João Pedro Mésseder.

Páginas

Subscreva Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas