Vários congressistas norte-americanos, em mensagens no Tweeter, condenaram Israel pelos anunciados despejos de várias famílias palestinas no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, em benefício de grupos de colonos extremistas.
«Os Estados Unidos devem pronunciar-se energicamente contra a violência perpetrada por extremistas israelitas, aliados ao governo, em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, e deixar claro que as expulsões de famílias palestinas não devem avançar», escreveu Bernie Sanders, senador por Vermont.
Também Elizabeth Warren, senadora democrata pelo Massachusetts, condenou as expulsões:
«A expulsão forçada de residentes palestinos de longa data em Sheikh Jarrah é repugnante e inaceitável. A Administração [norte-americana] deveria deixar claro ao governo israelita que estas expulsões são ilegais e devem cessar imediatamente», disse.
A congressista democrata de Nova Iorque Alexandria Ocasio-Cortez também criticou Israel por causa das expulsões:
Forças israelitas atacaram fiéis palestinos na Mesquita de al-Aqsa e noutros locais da Jerusalém Oriental ocupada, deixando 205 pessoas feridas, 88 das quais hospitalizadas, de acordo com o Crescente Vermelho palestino.
No final de sexta-feira, as forças israelitas utilizaram gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e balas de aço revestidas de borracha para dispersar milhares de fiéis que se tinham reunido na Mesquita de al-Aqsa, na última sexta-feira do Ramadão.
Laylat al-Qadr é, para os muçulmanos, a noite mais santa do Ramadão e normalmente atrai grandes multidões de fiéis à mesquita al-Aqsa, enchendo completamente os seus pátios.
A violência na sexta-feira à noite, que se prolongou pelo sábado de manhã, culminou uma semana de tensões crescentes na cidade devido ao despejo iminente de seis famílias palestinas das suas casas, no bairro de Sheikh Jarrah.
Soldados e colonos atacam palestinos em Sheikh Jarrah
Palestinos foram violentamente atacados, na noite de quinta-feira, por forças de...
As forças de ocupação israelitas agrediram e dispersaram, na noite de sábado, dezenas de manifestantes não violentos palestinos que realizavam uma concentração no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, contra uma ameaça iminente de despejo das suas casas.
O Tribunal Distrital de Jerusalém decidiu que pelo menos seis famílias deviam abandonar as suas casas em Sheikh Jarrah até 2 de Maio, apesar de aí terem vivido durante gerações.
O mesmo tribunal decidiu que sete outras famílias devem abandonar as suas casas até 1 de Agosto. No total, 58 pessoas, incluindo 17 crianças, estão previstas para serem deslocadas à força para dar lugar aos colonos israelitas.
Aref Hammad, porta-voz das famílias de Sheikh Jarrah, disse que existem actualmente 28 unidades habitacionais, onde vivem 87 famílias, que enfrentam a ameaça de despejo para dar lugar a um novo colonato israelita conhecido como Shimon HaTsadiq.
Um plano para o colonato, que consiste em 200 unidades habitacionais, já foi...
«As autoridades israelitas estão a cometer os crimes contra a humanidade de apartheid e perseguição», disse a organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch num relatório hoje divulgado. «A acusação tem por base uma política global do governo israelita para manter o domínio dos israelitas judeus sobre os palestinos e os abusos graves cometidos contra os palestinos que vivem no território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental.»
O relatório de 213 páginas da HRW, intitulado A Threshold Crossed: Israeli Authorities and the Crimes of Apartheid and Persecution [Um Limiar Transposto: as Autoridades de Israel e os Crimes de Apartheid e Perseguição] «examina o tratamento dado por Israel aos palestinos. Apresenta a realidade actual de uma única autoridade, o governo israelita, governando primariamente a área entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, povoada por dois grupos de dimensão aproximadamente igual, e privilegiando metodologicamente os israelitas judeus enquanto reprimem...
O filme The Present (O Presente), da realizadora britânico-palestina Farah Nabulsi, ganhou o prémio 2021 da BAFTA (Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas) para melhor curta-metragem e está nomeado para os Óscares 2021 na categoria de melhor curta-metragem de acção ao vivo.
The Present é um filme de 20 minutos, inteiramente rodado na Cisjordânia, sobre um homem palestino, Yusef, que quer comprar uma prenda de aniversário para a mulher. A sua ida às compras, acompanhado da filha Yasmine, seria banal se não tivesse que lidar com os postos de controlo da ocupação israelita.
No seu discurso de aceitação, Farah Nabulsi disse: «Qualquer pessoa que tenha visto este filme... saberá por que dedico este prémio ao povo da Palestina, para quem a liberdade e a igualdade são há muito, muito, necessárias.»
O filme, co-escrito pelo cineasta e poeta palestino Hind Shoufani, foi rodado durante seis dias nos territórios palestinos ocupados e foi a estreia na realização de Nabulsi.
Arik Ascherman, antigo presidente da organização Rabis pelos Direitos Humanos, foi ontem violentamente agredido com um taco de madeira por colonos judeus extremistas, perto do posto avançado de Maale Ahuvia.
Segundo o Jerusalem Post, Ascherman chegou à zona para pedir aos pastores judeus que desviassem o seu rebanho dos campos lavrados próximos pertencentes aos palestinos. Após o ataque, Ascherman disse que as forças de ocupação israelitas assistiram ao espancamento sem intervir.
«Este ataque brutal aconteceu porque as forças de segurança israelitas permitiram a reconstrução de Ma'aleh Ahuvia depois de o terem evacuado ontem», explicou ele, «e não impediram os rebanhos de entrar nas terras de Dir Jarir para comerem o que aí está a crescer.»
No mês passado, Ascherman recorreu à urgência hospitalar após um ataque de colonos judeus. Ao escrever sobre o incidente no Times of Israel, o rabi descreveu o que...
Celebra-se hoje, 30 de Março, o Dia da Terra Palestina. Nesta data, em 1976, forças repressivas israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras propriedade de palestinos, no Norte do estado de Israel, para aí instalar comunidades judaicas.
Cerca de 100 pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e nas grandes manifestações de protesto que, nesse dia, ocorreram em diferentes localidades palestinas no território de Israel.
Desde então, a data é celebrada como o Dia da Terra Palestina, simbolizando a determinação dos palestinos — de ambos os lados da Linha Verde, nos campos de refugiados e na diáspora — de preservar a sua história e de defender a sua terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência como povo.
Quarenta e cinco anos volvidos, a situação do povo palestino não melhorou, antes se agrava todos os dias. Israel intensifica a colonização dos territórios ocupados em 1967, com...
Mais de meio milhar de académicos de mais de 20 países europeus, incluindo Portugal, e de Israel, subscreveram uma carta aberta em que denunciam a legitimação pela União Europeia da política de ocupação de Israel ao financiar, com fundos europeus, projectos envolvendo instituições académicas sediadas nos colonatos israelitas ilegais.
Os signatários evidenciam a contradição entre, por um lado, a reiterada afirmação pela UE de respeito pelos princípios éticos e legislações nacionais e comunitárias e do não reconhecimento da soberania de Israel sobre os territórios palestinos ocupados e, por outro lado, a falta de escrutínio ao aceitar permitir situações como a da participação da Universidade de Ariel nos projectos europeus BOUNCE e GEO-CRADLE.
Esta carta responde a um apelo do Ministério Palestino da Educação, do Conselho de Presidentes das Universidades Palestinas, da Federação Palestina de Sindicatos de Professores e Empregados de Universidades e do Conselho de Organizações Palestinas de...
Pela 185ª vez consecutiva, as autoridades israelitas demoliram hoje a aldeia beduína de Araqeeb no deserto de Naqab (Negev), no sul de Israel, de acordo com relatos de testemunhas.
Uma força israelita invadiu a aldeia — que é reconstruída pelos seus habitantes de cada vez que é demolida — e removeu todas a tendas e destruiu os abrigos de lata colocados no terreno pelos residentes para lhes dar um tecto sobre as cabeças neste tempo frio de Inverno, deixando-os desalojados.
A demolição da aldeia começou no ano 2000, e a última vez que a demolição teve lugar foi a 11 de Março. A demolição de hoje é a quarta até agora este ano.
Há dezenas de aldeias beduínas não reconhecidas em Israel, que o governo tenta deslocar e relocalizar, numa tentativa de se apossar das suas terras.
A marinha israelita alvejou pescadores palestinos ao largo da cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, e afundou um barco, de acordo com a agência WAFA.
Os pescadores estavam a navegar dentro das seis milhas náuticas permitidas ao largo da costa quando as embarcações da marinha dispararam tiros e apontaram canhões de água na sua direcção, forçando-os a fugir para sua segurança e causando o afundamento de um barco.
Os pescadores da Faixa de Gaza são quase diariamente alvejados pela marinha israelita e impedidos de ganhar a sua vida.
A Faixa de Gaza está sujeita a um bloqueio por terra, mar e ar, por parte de Israel, há mais de 13 anos.