Guerra, Militarismo, Desarmamento

Concentração Paz Porto - 27 Out 2022

Também no Porto se realizou uma concentração em resposta ao apelo lançado pelo CPPC «Os povos querem a Paz, não o que a guerra traz!». Foi no dia 27 de Outubro, na Praceta da Palestina (Rua Fernandes Tomás com Rua do Bolhão), e o MPPM aderiu ao apelo e esteve presente na concentração.

Este é o texto do apelo:

Os povos querem paz.

No entanto, no actual contexto internacional, continuam e agravam-se diversos conflitos, como na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen ou na Ucrânia, com trágicas consequências para os povos.

É instigada a escalada de guerra, fomentada a produção de mais e mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, promovido o militarismo – com cada vez mais milhares de milhões a serem entregues ao complexo militar-industrial.

Concentração pela Paz - Lisboa 26 Outubro 2022

Em resposta ao apelo do CPPC, a que aderiram o MPPM e outras organizações, algumas centenas de pessoas marcaram presença no Largo José Saramago, em Lisboa, na tarde de 26 de Outubro, para afirmar que «os povos querem paz, não o que a guerra traz».

Este é o texto do apelo:

Os povos querem paz.

No entanto, no actual contexto internacional, continuam e agravam-se diversos conflitos, como na Palestina, no Sara Ocidental, na Síria, no Iémen ou na Ucrânia, com trágicas consequências para os povos.

É instigada a escalada de guerra, fomentada a produção de mais e mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, promovido o militarismo – com cada vez mais milhares de milhões a serem entregues ao complexo militar-industrial.

Há 40 anos, na noite de 16 de Setembro de 1982, milícias falangistas cristãs libanesas invadiram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute, com o apoio do exército israelita que, desde Junho, ocupava a capital do Líbano.

Durante dois dias, os falangistas, instigados por Israel, levaram a cabo um hediondo massacre de que resultaram numerosas vítimas palestinas, em grande parte mulheres e crianças.

Soldados israelitas cercaram os campos para impedir que os refugiados saíssem, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos falangistas. Ao fim dos dois dias de massacre, Israel forneceu os buldózeres para cavar valas comuns.

Em Maio de 2021, enquanto decorria a mais recente agressão israelita contra Gaza, a Google anunciou a assinatura do Projecto Nimbus, um contrato de computação em nuvem, no valor de mil e duzentos milhões de dólares, entre a Google, a Amazon, e o governo e os militares israelitas, que tornará mais fácil para Israel vigiar e oprimir os palestinos.

Através do Projecto Nimbus as empresas tecnológicas Google (Google Cloud Platform) e Amazon (Amazon Web Services) fornecerão ao governo e aos militares de Israel ferramentas avançadas de inteligência artificial, aprendizagem de máquina e outros serviços de computação em nuvem. O projecto também dará apoio à Israel Land Authority, a entidade responsável pela apropriação de terras e expulsão de palestinos para instalação de colonos israelitas.

Muitas centenas de pessoas desfilaram na quarta-feira, 29 de Junho, pelas ruas do centro histórico do Porto, da Cordoaria até à Ribeira, em resposta ao Apelo "Paz Sim! Guerra e Corrida aos Armamentos Não!".

Subscrito inicialmente por 15 personalidades, o Apelo registou a adesão de mais de 80 organizações – entre as quais o MPPM – e muitas outras individualidades.
 

Desfile Paz Sim! - 25 Jun 2022

Na Avenida da Liberdade, em Lisboa, milhares de vozes gritaram Sim à Paz, Não à Guerra e à Corrida aos Armamentos! em resposta ao apelo lançado por dezenas de individualidades e organizações.

O MPPM associou-se à iniciativa também para recordar que o povo palestino é vítima de uma guerra que dura há sete décadas e meia mas que é quase sempre silenciada.
 

Apelo
Paz sim! Guerra e corrida aos armamentos não!

O respeito pelos princípios do direito internacional, conformes com a Carta da ONU e os constantes na Acta Final da Conferência de Helsínquia, é o caminho para garantir a paz, a segurança, a cooperação, a justiça, os direitos dos povos.

Independentemente de opiniões diversas sobre os desenvolvimentos no plano internacional, como a situação na Palestina ou no Sara Ocidental, as guerras na Ucrânia, no Iémen, na Síria, na Líbia ou no Iraque, entre outros conflitos que flagelam o mundo, une-nos a condenação da guerra, a profunda preocupação com o agravamento da situação mundial e os sérios perigos para a Humanidade que dele decorrem.

Entre 5 e 10 de Junho de 1967, Israel conduziu uma guerra com os países vizinhos – Egipto, Jordânia e Síria – que culminou com a ocupação total da Palestina histórica e ainda dos Montes Golan sírios e da Península do Sinai egípcia.

Para os Palestinos, a Naqsa (“revés”) significou a perda de tudo o que restava da sua pátria e o início de 55 anos de uma colonização israelita desenfreada e insaciável. Foi a segunda etapa de uma catástrofe contínua, iniciada com a Nakba de 1948, e que veio a caracterizar-se por ataques militares, demolições de casas, confiscação de terras e apropriação de recursos naturais, expansão de colonatos e violência dos colonos, e compromissos assumidos e logo repudiados.

O jornal USA Today relatou que uma fotografia que se tornou viral sobre um prédio na Ucrânia a ser atingido por um bombardeamento russo era afinal de um prédio da Faixa de Gaza, demolido pela Força Aérea Israelita em Maio de 2021. Alguns dias antes disso, o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano queixou-se ao embaixador israelita em Kiev de que «está a tratar-nos como Gaza»; ele estava furioso por Israel não ter condenado a invasão russa e estar apenas interessado em retirar cidadãos israelitas do país (Haaretz, 17 de Fevereiro de 2022).

A organização norte-americana If Americans Knew divulgou agora um pequeno filme documentando o assassinato de 78 crianças palestinas por forças israelitas em 2021 como parte da sua campanha para parar o financiamento dos EUA a Israel.

O filme, que tem a duração de dois minutos e está disponível no Twitter e no website daquela ONG, identifica o nome e idade e fotografia das crianças assassinadas e as condições em que ocorreu a sua morte.

O filme revela que, em 2021, os EUA deram 5 mil milhões de dólares de ajuda militar a Israel e agora discute-se no Congresso uma contribuição adicional de mil milhões de dólares. If Americans Knew questiona-se quanta desta ajuda é usada para matar crianças palestinas.

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